O Tribunal do Júri de Vilhena julgará, no próximo dia 23 de abril, o réu Rafael Rosa Macedo, acusado de assassinar brutalmente sua esposa, Elisama da Silva Macedo, em 2023.
O caso, que causou forte comoção em Rondônia — especialmente na região do Cone Sul — continua mobilizando a comunidade e os familiares da vítima, que aguardam por justiça.
Elisama, de 32 anos, foi encontrada morta dentro de casa, com uma faca cravada na cabeça. A cena chocante foi ainda mais impactante devido à presença de um dos filhos do casal, encontrado engatinhando sobre o sangue da mãe. Desde o início, a versão apresentada por Rafael, que alegava uma invasão domiciliar, levantou suspeitas.
Contudo, as investigações revelaram diversas inconsistências. Câmeras de segurança da residência foram desativadas momentos antes do crime, e mensagens enviadas do celular de Elisama indicaram uma possível tentativa de manipulação da cena. Com base em provas e depoimentos, a Justiça determinou que o acusado fosse levado a júri popular.
A defesa dos interesses da vítima será conduzida pelo advogado Jacier Rosa Dias, que atuará como assistente de acusação ao lado do Ministério Público. A expectativa é de que o plenário esteja lotado, com a presença de amigos, familiares e membros da comunidade religiosa da qual Elisama fazia parte.
Um ponto decisivo no processo foram as cartas escritas por Rafael na prisão, nas quais ele admite o crime e pede perdão à família e aos filhos. Os documentos, aos quais o Extra de Rondônia teve acesso, reforçam a acusação e serão utilizados durante o julgamento.
A campanha "Justiça por Elisama", impulsionada por familiares e amigos nas redes sociais, ganhou o apoio de grande parte da população vilhenense. O julgamento, marcado para o dia 23 de abril, é aguardado com grande expectativa e pode representar o desfecho de um dos casos mais marcantes dos últimos anos na cidade.
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